terça-feira, 13 de outubro de 2009

A Máfia do Seguro

Neste ano a máfia do seguro aplicou outro golpe, depois de algum tempo sem dar as caras. É sempre assim; eles cometem um delito, esperam a poeira baixar, e voltam à carga com mais ousadia. Querem fazer a gente de otário.
Na verdade, essa máfia é uma corja da pior espécie: são criminosos imiscuidos no sistema financeiro vivendo de enganar cidadãos incautos e vulneráveis. Eu preciso ficar de sobrealerta doravante pois esse golpe pode ser, como bem deduziu o meu arguto vizinho, um teste para futuras operações envolvendo valores maiores do que os vinte reais que hoje me subtrairam da minha folha de pagamento.
Tudo começou na final do século passado - década de 90 - quando eu, envolto em sérios apertos financeiros, devendo até "os cabelos da cabeça", recebi do colega de trabalho um cartão contendo a oferta de um empréstimo, e o nome do corretor impresso nele. O corretor era de Pacajus. Ao ligar para esse, no mesmo dia, antes do final do expediente já estava ele em seu carro particular a me procurar, em Eusébio, onde eu estava trabalhando. Veio portanto mais rápido do que eu pensava, acompanhado de um senhor baixo, moreno, de nome Vicente - que eu soube depois tinha o apelido estranho de ... "Sapirôco". O corretor era um sujeito elegante, jovem, bem apessoado, com cara de esperto; chamava-se Evandro. Logo se apresentou dizendo representar a firma "tal" - e disse que o seu acompanhante era do ramo. Inquiriu meu interesse no negócio, e foi logo explicando as condições para o empréstimo, e como eu estava precisando de grana com urgência, entrei de sola autorizando-o a firmá-lo. Depois que concluimos todo o negócio, isto é, quando eu assinei os documentos da proposta, confirmou-me o número de parcelas a pagar e o valor a receber. Tudo correto, até aquele instante, porque a "sacanagem" veio logo em seguida. O sabichão do corretor me apresentou uma "outra" proposta. Indicou o nome de outra empresa de seguro que eu deveria aderir, e logo após o pagamento da primeira mensalidade desta ele próprio se encarregaria de cancelar o plano, e me daria o dinheiro subtraido. Tratava-se de um operação fraudulenta que só a ele beneficiaria pois ficava com o dinheiro descontado automaticamente, e não cancelava coisíssima nenhuma - se eu ou outro usuário lesado não fôssemos pedir para cancelar.
Ora, sem dinheiro e louco para fazer esse empréstimo, caí na conversa dele concordando com o negócio, sem saber que estava me envolvendo numa operação fraudulenta e criminosa. Com o passar do tempo e as constantes carências de dinheiro pelas quais continuei passando fui obrigado a solicitar novos empréstimos e a amanter contato com aquele corretor desonesto, que depois me apresentou outros "amigos" seus, agiotas da pior marca igualmente. Esses caras são perigosos, espertos e, asseguro, desonestos. São pseudo-corretores autônomos, representando firmas fantasmas criadas pelas administrações de firmas convencionais ( exemplo: SEGUROS BRADESCO ) e vivem a explorar e enganar clientes, algumas vezes sob alegação de estarem cooperando com os mesmos. É um negócio sujo,e o pior é que algumas pessoas das grandes empresas de seguro - tais como a acima citada - são os verdadeiros administradores dessas operações fraudulentas. É precio todo cuidado com eles!
Exatamente o sujeito que acompanhava o tal Evandro de Pacajus na ocasião do primeiro contato comigo, o " Sapirôco", travou relações de empréstimos para mim também - e este era dez vezes mais esperto do que o Evandro. Muitas vezes ia comigo pelo centro da cidade, tendo como ponto central o edifício Palácio do Progresso no calçadão C-ROLIM, em cujos andares pululam as tais empresas fantasmas ( de seguro) as quais nem telefone tem, nem endereço fixo, nada você encontra delas se não proceder a uma acurada investigação e pesquisa como eu fiz continuamente toda vez que era lesado por uma delas. É uma tal de IGUAPE, depois tem outra tal CONASP, e por aí vai.
Seu Vicente, sempre acompanhado de outro espertalhão de nome WANDERLEY, várias vezes esteve comigo nestas empresas do calçadão, tentando firmar empréstimos, alguns bem sucedidos outros nem tanto, mas para cada empréstimo logo vinha aquela segunda-proposta, do seguro fictício, após cuja primeira mensalidade deveria ser cancelada, mas não era bem isso que acontecia. Às vezes o cancelamento só era efetuado na terceira ou quarta parcela,e isto se o cliente (no caso eu) fosse reclamar na empresa, ganhando assim o corretor que embolsava o dinheiro sem a empresa saber. Compreendi então que se tratava de um negócio ilícito, e que eu era o único prejudicado. Então resolvi cair fora e abandonar a companhia daqueles sujeitos nocivos, e levei sorte porque a minha repartição por essa época me pagou um precatório bem alto, os 47,97%, que depois foi retirado do nosso contra cheque após uma batalha judicial. Deu para mim me equilibrar financeiramente, e não precisei mais fazer empréstimos.
Mas a coisa não ficou só nisso. De tempos em tempos, quando eu tirava um extrato bancário lá vinha um desconto não autotizado, de 30, 40, e até de 60 reais, sem eu saber do que se tratava. Precisava entrar em contato com o meu gerente o qual me informava todo o processo: o nome da empresa, e algumas vezes até o endereço, mas dizia que não podia retirar o valor se o mesmo não fosse cancelado... pela tal empresa! Eu tinha de ir à procura dessa " tal ", num trabalho de investigação que beirava a atividade de um investigador (ou detetive) para encontrar os autores da fraude, mas de antemão já sabia de quem se tratava! Era óbvio! Teve até contrato feito com a minha assinatura falsa, um crime de estelionato explícito.
Logo me lembrei que dei aos tais corretores todos os meus documentos para que eles tirassem cópias que deveriam ser anexadas aos contratos de empréstimos, muitas vezes eles ficavam com tais documentos por longos períodos de tempo, me devolvendo quando bem entendiam. Jamais empresa nenhuma me resarciu dos prejuízos que tive nesse negócio ilícito - e olha que foram várias vezes. Contentava-me em apenas exigir delas o cancelamento das prestações, mas nunca acionei a justiça para o caso (ou os casos, melhor dizendo). Em todas elas não via a cara do "chefe". Ao chegar, apenas visionalisava uma moça na frente de um computador, e ali mesmo ela redigia um termo de cancelamento que eu assinava e pronto! Perdi muito dinheiro, teve até contrato firmado no Maranhão com minha assinatura e tudo.
Agora, mais de dois anos depois - quando eu pensava jamais aconteceria novamente - a máfia me dá mais um golpe! Foi uma tal de ... ASBAMP, e me levou20,00 mas eu agi rápido e entrei em contato direto com os fraudadores - e quem eram senão o tal Wanderley e o moleque Sapírôco? Surpreendi aquele primeiro na porta da empresa citada, empresa de fachada realmente, cujo gerente era um tal de Batista. Ele foi muito educado comigo, mas usou de uma lábia tamanha que me fez desistir do prejuízo.
Mas uma vez caí, contudo quem vai resolver da próxima vez é a Polícia.
Dá licença, que vou tirar aqui um extrato!












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