No 5. ano desde que o novo século começou, mais precisamente no mês de fevereiro, dia l8, antecipando os festejos de Momo aconteceu no Rio de Janeiro um evento histórico da maior importância, e que serviu para comprovar que o Rock'N'Roll ainda tem um poder extraordinário, e é o estilo de música que supera todos os demais - com excessão da Música Clássica!
Naquela data simplesmente l milhão e duzentas mil pessoas compareceram às areias da praia de Copacabana para assistir o terceiro show que a banda Rolling Stones veio fazer em nosso país. Não cobraram ingressos, e trouxeram um aparato gigantesco como gigantesco também foi o palco montado para o evento, coisas de primeiro mundo mesmo. Shows dessa natureza envolvendo grandes bandas e com uma estrutura portentosa já são comuns no país, desde os anos oitenta.
Não sou fanático pelos Stones, e confesso achar outras bandas tão antigas quanto esta muito superiores, mas é bem notório o fato dos Stones permanecerem juntos até hoje, com o mesmo carisma dos anos sessenta, atravessando todas as décadas incólumes e inseridos na mídia.
Recentemente, o baterista Charllie Watts quase perdeu a luta contra um câncer, e tendo sobrevivido está tão atuante como nos primeiros anos. Keith Richards, notável guitarrista de Blues, é o mais inquieto do grupo, tão consumido pelas drogas e outros vícios nefastos que mais parece um zumbi em cima do palco. Ron Wood nada fica a lhe dever, sendo um ótimo profissional com destacada técnica no slide-guitar. Mas a estrela máxima da megabanda é mesmo Mick Jagger, e os anos agitados do final do século parece que só lhe fizeram bem: o cara parece um garotão de 20 anos de idade; corre, agita, anima, brinca, e canta. Só achei meio patéticas as partes em que ele tenta se comunicar com a plateia em português, a gente nota que ele não conhece nada dessa difícil língua neo-latina.
Nem tudo são flores num show de rock! Em eventos desse porte muitas coisas desagradáveis acabam acontecendo, ainda mais reunindo um número de pessoas tão impressionante. Nesse aspecto porém eles suplantaram todos os shows que já fizeram para plateias grandes, não houve nenhum problema de maior gravidade, e nem em Woodstock se viu um público tão grande.
Com relação à história dos Rolling Stones todos conhecem os funestos acontecimentos que dela fazem parte, inclusive aquele mais terrífico: a morte misteriosa do seu fundador original, Brian Jones, que era considerado um gênio musical, cujo corpo foi encontrado na banheira de uma mansão. Nessa época circulavam boatos segundo os quais os Stones tinham pacto com o demônio, especialmente depois que eles fizeram a canção " Simpatic For The Devil ".
Outro triste e lamentável incidente foi a morte por esfaqueamento de um sujeito pelos Hell's Angels num show em Altamonte nos anos setenta, justamente no momento em que a banda tocava aquela canção acima citada.
Mas todos esses fatos negativos não tiram o grande valor da banda enquanto instituição cultural, e Mick Jagger pode ser considerado uma personalidade do século XX tão importante quanto John Kennedy, Martin Luther King, Gandi, e tantos outros.
Conseguir se firmar até hoje nesse caminho já demonstra as qualidades que a banda sempre teve: muito carisma, valor e disciplina. Manter essa chama acesa por tanto tempo trilhando o mesmo caminho é um exemplo de sabedoria e coragem, especialmente quando sabemos que o Rock é uma trilha difícil e perigosa de se percorrer, onde poucos conseguem se manter firmes e sobreviventes.
Outro show histórico aconteceu na segunda-feira, dia 20, desta vez em São Paulo, no estádio Morumbi. A polêmica banda U-2 tocou para milhares de fans entusiasmados, sobressaindo-se o carismático vocalista Bono Vox. Esta banda tem uma grande conotação político-social mais por causa de seu engajamento em campanhas e atividades de cunho social do que propriamente as letras de suas canções.
Um momento de destaque desse show foi quando uma bancária paulista subiu ao palco e beijou o cantor, não houve nenhuma maldade nesse ato tão singelo que representou para ela alguns poucos minutos de fama, e realização. Tal como aconteceu com um garoto de pouco mais de 10 anos de idade, que cantou uma canção com o Bono Vox.
O ROCK'NROLL REINA, ABSOLUTO!
Naquela data simplesmente l milhão e duzentas mil pessoas compareceram às areias da praia de Copacabana para assistir o terceiro show que a banda Rolling Stones veio fazer em nosso país. Não cobraram ingressos, e trouxeram um aparato gigantesco como gigantesco também foi o palco montado para o evento, coisas de primeiro mundo mesmo. Shows dessa natureza envolvendo grandes bandas e com uma estrutura portentosa já são comuns no país, desde os anos oitenta.
Não sou fanático pelos Stones, e confesso achar outras bandas tão antigas quanto esta muito superiores, mas é bem notório o fato dos Stones permanecerem juntos até hoje, com o mesmo carisma dos anos sessenta, atravessando todas as décadas incólumes e inseridos na mídia.
Recentemente, o baterista Charllie Watts quase perdeu a luta contra um câncer, e tendo sobrevivido está tão atuante como nos primeiros anos. Keith Richards, notável guitarrista de Blues, é o mais inquieto do grupo, tão consumido pelas drogas e outros vícios nefastos que mais parece um zumbi em cima do palco. Ron Wood nada fica a lhe dever, sendo um ótimo profissional com destacada técnica no slide-guitar. Mas a estrela máxima da megabanda é mesmo Mick Jagger, e os anos agitados do final do século parece que só lhe fizeram bem: o cara parece um garotão de 20 anos de idade; corre, agita, anima, brinca, e canta. Só achei meio patéticas as partes em que ele tenta se comunicar com a plateia em português, a gente nota que ele não conhece nada dessa difícil língua neo-latina.
Nem tudo são flores num show de rock! Em eventos desse porte muitas coisas desagradáveis acabam acontecendo, ainda mais reunindo um número de pessoas tão impressionante. Nesse aspecto porém eles suplantaram todos os shows que já fizeram para plateias grandes, não houve nenhum problema de maior gravidade, e nem em Woodstock se viu um público tão grande.
Com relação à história dos Rolling Stones todos conhecem os funestos acontecimentos que dela fazem parte, inclusive aquele mais terrífico: a morte misteriosa do seu fundador original, Brian Jones, que era considerado um gênio musical, cujo corpo foi encontrado na banheira de uma mansão. Nessa época circulavam boatos segundo os quais os Stones tinham pacto com o demônio, especialmente depois que eles fizeram a canção " Simpatic For The Devil ".
Outro triste e lamentável incidente foi a morte por esfaqueamento de um sujeito pelos Hell's Angels num show em Altamonte nos anos setenta, justamente no momento em que a banda tocava aquela canção acima citada.
Mas todos esses fatos negativos não tiram o grande valor da banda enquanto instituição cultural, e Mick Jagger pode ser considerado uma personalidade do século XX tão importante quanto John Kennedy, Martin Luther King, Gandi, e tantos outros.
Conseguir se firmar até hoje nesse caminho já demonstra as qualidades que a banda sempre teve: muito carisma, valor e disciplina. Manter essa chama acesa por tanto tempo trilhando o mesmo caminho é um exemplo de sabedoria e coragem, especialmente quando sabemos que o Rock é uma trilha difícil e perigosa de se percorrer, onde poucos conseguem se manter firmes e sobreviventes.
Outro show histórico aconteceu na segunda-feira, dia 20, desta vez em São Paulo, no estádio Morumbi. A polêmica banda U-2 tocou para milhares de fans entusiasmados, sobressaindo-se o carismático vocalista Bono Vox. Esta banda tem uma grande conotação político-social mais por causa de seu engajamento em campanhas e atividades de cunho social do que propriamente as letras de suas canções.
Um momento de destaque desse show foi quando uma bancária paulista subiu ao palco e beijou o cantor, não houve nenhuma maldade nesse ato tão singelo que representou para ela alguns poucos minutos de fama, e realização. Tal como aconteceu com um garoto de pouco mais de 10 anos de idade, que cantou uma canção com o Bono Vox.
O ROCK'NROLL REINA, ABSOLUTO!
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